E mais uma vez teu olhar me vem
em minha memória, me dando certa inspiração à por no papel o que eles me dizem.
Eles me passam que você guarda sonhos, sonhos que adoraria o ajudar a acreditar
e se pudesse à conquistar cada um deles. Me mostram que já leram e releram
vários e vários romances, já viram e revirão cenas de como uma verdadeira peça
teatral, que depois de feita e exibida fecham-se as cortinas e cada ator coloca
sua roupa de viver e volta à atoar na vida real, onde não se permite ensaios de textos, de falas e
de atitudes. Muitos teatros já passaram pela sua vida e
suas retinas também. Cada um deles deixou cravado em ti uma vaga lembrança, um
remorso, uma certa vontade de rever, e rever, e rever tal cena que lhe foi tão
bom quanto um banho de chuva inesperado na primavera; se convence
muitas vezes com o sopro do ar levantando o pó descansado na memória que certas peças e
cenas lhe causaram grande felicidade, mas que hoje estão como disse antes...
Como o pó que quando varrido se levanta provocando altos espirros mas que logo
se abaixa. Falando de outro modo, eu diria que depois de relembradas provocam algumas lágrimas e culpas, mas que depois de despejadas tomam o rumo junta a água que cai do chuveiro durante o banho. E no final do banho enquanto se
enxuga te faz entender que tudo tem um fim e te faz voltar para o teatro de agora,
que esta a tua espera a ser começado, ou talvez, terminado com sucesso. Talvez.
Teus olhos, teu olhares, tuas falas pronunciadas por eles foi o que de tua
aparência de mais importante me atraiu. Tanto que meus olhos sempre os procuram
mas nem sempre eu os deixo se voltar e lhes observar por alguns segundos, e
quando conseguem são fugidos de meus cuidados, de minhas seguranças, de meus
desvios, de meus disfarces que por um
descuido se entregam encarando teu olhar.